Após uma disputa acirrada, Donald Trump obtém vitória avassaladora no Colégio Eleitoral e retorna à Casa Branca para um segundo mandato, impulsionado por uma onda republicana e vitórias decisivas em estados-pêndulo.
Após quatro anos fora da Casa Branca, Donald Trump, do Partido Republicano, venceu as eleições de 2024, derrotando a vice-presidente Kamala Harris, do Partido Democrata, em uma disputa acirrada que polarizou o país. Com a projeção da vitória, anunciada pela CNN e outros veículos de mídia, Trump retornará à presidência em 20 de janeiro de 2025 para um segundo mandato, tornando-se o primeiro ex-presidente em mais de um século a voltar ao cargo.
A eleição foi marcada por disputas decisivas em estados-pêndulo, incluindo Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin, onde Trump consolidou sua liderança no Colégio Eleitoral ao garantir ao menos 295 votos, ultrapassando os 270 necessários para vencer. Com a apuração em andamento, Trump pode chegar a até 312 votos no Colégio Eleitoral, ultrapassando em muito o mínimo necessário. Além disso, nesta eleição, é a primeira vez em décadas que um membro do Partido Republicano ganha a presidência tanto no Colégio Eleitoral quanto na somatória do voto popular. O apoio de Trump permaneceu forte entre eleitores conservadores, particularmente nas regiões que tradicionalmente apoiam o Partido Republicano, como o Sul e o Meio-Oeste.
A eleição de 2024 trouxe uma verdadeira 'onda vermelha' republicana que varreu o país, garantindo o controle do Senado para os republicanos e assegurando até agora a maioria dos assentos na Câmara dos Representantes. Com os votos apurados até o momento, o Partido Republicano conseguiu uma vantagem significativa no Senado, enquanto as projeções indicam que também podem conquistar o controle da Câmara, consolidando seu domínio no Congresso. Esse cenário reflete um apoio popular expressivo às pautas conservadoras e um fortalecimento do partido em diversas regiões do país.
Vitória construída em estados decisivos
A trajetória de Trump até o retorno à Casa Branca foi construída sobre vitórias em estados fundamentais que decidiram o pleito. Wisconsin, um dos estados mais disputados, foi o responsável por garantir sua projeção como presidente eleito. Além de Wisconsin, Trump também triunfou em estados como Geórgia e Pensilvânia, que frequentemente são considerados essenciais para qualquer candidato alcançar o Colégio Eleitoral.
Kamala Harris, que contou com o apoio do presidente Joe Biden, venceu em estados tradicionalmente democratas, incluindo Califórnia e Nova York, mas não conseguiu garantir os votos necessários nos estados decisivos. Mesmo com o apoio de uma coalizão ampla que incluía progressistas e centristas, a candidata democrata não foi capaz de sustentar o crescimento da base de Trump em estados como a Carolina do Norte e a Pensilvânia, ambos cruciais para o resultado final.
Um retorno histórico à Casa Branca
Trump, que inicialmente chegou à presidência em 2016, com uma campanha marcada por uma retórica nacionalista e de forte oposição ao sistema político estabelecido, retorna ao cargo após quatro anos fora do governo. Em 2020, ele foi derrotado por Joe Biden em uma eleição marcada pela pandemia de COVID-19, que dominou os temas de debate naquele ano. Desde então, Trump manteve-se como uma figura central e controversa na política americana, consolidando sua base e continuando a influenciar o Partido Republicano.
O empresário e ex-apresentador de TV se torna o presidente mais velho a assumir o cargo, ultrapassando a idade de Biden em sua posse, e cumprirá seu último mandato, uma vez que a legislação americana proíbe a reeleição após dois mandatos completos.
Desafios para o novo governo
Trump retorna com uma pauta voltada à desregulamentação econômica e à restrição da imigração, em uma tentativa de reviver as políticas que marcaram seu primeiro mandato. Em suas declarações de vitória, ele enfatizou a importância de "proteger os interesses americanos" e promover "prosperidade econômica com empregos e menos regulamentação", temas que o mantiveram em sintonia com eleitores mais conservadores e membros do setor empresarial.
Entretanto, o novo governo não estará isento de desafios. O cenário global, que inclui tensões com a China e a guerra entre Rússia e Ucrânia, pode exigir uma nova postura do presidente. Em meio a um cenário econômico mundial ainda frágil, analistas apontam que Trump precisará balancear as promessas internas com as demandas de segurança internacional.
Impacto da eleição e repercussão internacional
A reeleição de Trump também teve forte repercussão internacional, com líderes de diversos países observando o impacto de sua política "América em Primeiro Lugar". Analistas esperam que ele adote novamente uma postura de maior distanciamento dos acordos multilaterais e enfoque em políticas protecionistas.
A vitória de Trump reflete uma divisão persistente na sociedade americana, evidenciada pela ampla cobertura de veículos de mídia dos EUA e do exterior. Líderes internacionais de nações alinhadas ao perfil de Trump, como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, enviaram felicitações ao presidente eleito logo após o anúncio.
Trump será oficialmente empossado em janeiro de 2025 e encerrará uma jornada política marcada por reviravoltas, polarização e uma base de apoio duradoura entre eleitores republicanos. O próximo mandato de Donald Trump promete mais uma vez redesenhar as prioridades da política americana, tanto em nível nacional quanto global.
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